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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Imagens Lindas





quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cora Coragem Cora Poesia- Cora Coralina

Meu Destino.

Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.

Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.

Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.

Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...

Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.

Esse dia foi marcado
com a pedra branca da cabeça de um peixe.

E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

Cora Coralina


Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

Cora Coralina

O Cântico da Terra

Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.

Cora Coralina

Oração do Milho
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu gão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos, o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo. E de mim, não se faz o pão alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apénas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apénas a fartura generosa e despreocupada dos paiois.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
SOU O MILHO

Cora Coralina
Mãe

Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.

Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.

Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer
e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.

Cora Coralina

A sensação de solidão é passageira


Já sentiu a sensação de estar sozinho no meio da multidão? Sensação oca, um eco do nada e se vê perdido contemplando a vitrine da vida? Desejos secretos? Culpas? Sonhos? Uma fome que nunca acaba?


E aonde quer que vá leva a mão teimosa no queixo e se prosta atento como um espectador sedento em busca de respostas e parece que nunca serão saciadas?
É como uma criança de cinco anos, curiosa, inquieta, quisesse alcançar objetos que parecem pousar em montanhas tão altas!
Sente teus pés engessado no chão? O coração acelera implorando por chances de outrora perdidas, engasga a vontade de gritar bem alto: EU POSSO! Eu consigo sim!


Sente o desejo de ver um reboliço ainda maior em meio a tempestade, que pelo menos mude algo, a cor, a intensidade da dor, um terremoto ainda maior que faça cair a casa velha para que possa finalmente recomeçar do zero!!!???
Sacudir fortemente a poeira e mexer de sopetão naquela teia de aranha que por estar tão inalcansável ás mãos parece rir da tua incapacidade e estatura!


Se visualizar igual a uma gaivota livre, leve e em paz. VOAR!! Pousar! Planar! Rodopiar. Sentir o ar batendo no rosto e poder contemplar as maravilhas de Deus sem ter aquela névoa de lágrima impregnada nos olhos ardendo o coração.


E mesmo assim considerar que apesar do deserto a frente e a falta de água que será capaz de passar sem um arranhão tendo certeza absoluta de estar nos braços de Deus! Coragem heroíca, tão desejada e almejada, apesar de saber o quão covarde de fato és.


Consegue sentir o caos no silêncio?


Correr o sagrado risco do acaso. E substituir o destino pela probabilidade?
Ter convicção de que é a ruína que leva á transformação.


Sente um aperto no peito? Mais impressionante é saber que o presente pode ser calmo e terno e que a nossa vida é uma folha em branco, bastando simplesmente comandar um lápis e a vontade de escrever, apagar se necessário ou reescrevê-la; está em nossas mãos. Apesar de saber que o que se foi deletado; se olhar bem perto; ver que ainda está ali mesmo que uma leve e sútil sujeira. Não importando, apenas aceitando sem se cobrar.
E ainda assim se sentir tão perdido? Tendo consciência que somos senhores capazes de trazer ou afastar quem quisermos da nossa vida. Sejam eles amigos, irmãos, paixões mundanas, não importa a forma que virão ou partirão, de alguma forma fizeram parte da nossa história, se ruim ou bom, ficaram marcados de algum modo.
É se sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que adoraríamos inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, embora doer faça parte do que somos ou seremos amanhã.
Estamos incompletos ainda. Lacunas a espera do encaixe perfeito. UM SACO POR QUE TUDO TEM QUE DAR UMA VOLTA ENORME? CADÊ OS ATALHOS???


Por que será que todo sapato novo envelhece? Não entendo os motivos que levam embora as sensações que nos agarram com tanta motivação e passam tão rápidos!! QUERO QUE DUREM MAIS TEMPO!
Damos mais ênfase as tristezas, parecem mais duradouras que as alegrias. A empolgação boa esvai como areia em nossas mãos. Por quê? E mentimos para nós e para os outros de que não é bem assim, somos SEMPRE felizes sim! Mas quando deitamos a cabeça no travesseiro lá vem aquela nuvem cinza cutucando a alma cheia de devaneios. Tudo errado! Seremos tão egoístas assim?! Tão difícil aceitar as próprias fraquezas, as falhas? Vestir uma máscara do jeito que a sociedade nos impõe parece um fardo sem fim. Cada um cuide da própria vida. Não interessa saberem as somas que venho somando as derrotas!! Danem-se!
E chegamos ao ponto de olhar para as pilhas de livros que nos aguardam e concluimos que as pilhas sem respostas estão ainda maiores.
Tentar praticar em tempo integral o desapego as coisas materiais, cansa!
E aquele desejo de se entregar as coisas consideradas luxúrias não sejam tão más, nem o rótulo do pecado.


Já sentiu a sensação de estar estudando tanto, mas tanto que em dado momento parece não saber nada!??
Lembrei de uma passagem que li bem propícia...


"" Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura.
Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.
Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.
De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados.
Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.
Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.
Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas pois são parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: " Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras ?"


E despertamos! E percebemos que todos aqueles pensamentos se esvaíram e nos tomaram apenas alguns minutos da vida.
Sabem a fraqueza? Sabem as perguntas sem respostas? Não importa! Nunca importou e em nenhum momento lá na frente da nossa vida que foi ínfma perto do que conseguimos construir no meio dos escombros, das pedras, dos espinhos. E foram essas fraquezas que nos fizeram ser fortes. Os covardes-corajosos! O duvidoso se fez certeza! Tão simples sabem por quê? Porque continuamos andando mesmo em companhia das dores devido as bolhas nos pés. Ofegantes, mas cheios de fé.
É ter convicção que a vitrine que observamos em diversas passagens da nossa vida um dia estaremos com pedras suficientes nas mãos para quebrá-las e assim tomar posse daquilo que tanto almejamos.


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A VITÓRIA ESTA LOGO ALI A NOSSA FRENTE.
Estique um pouco mais a mão e poderá tocá-la enfim.
No final das contas é tudo questão de tempo. PERDEDOR É AQUELE QUE DESISTE.
E sabem aquela sensação de estar sozinho em meio a multidão? É tão passageira quando fechamos os olhos e nos prostramos indagando a Deus implorando forças. E sentimos um abraço quente envolto que aquece de forma mágica mais uma vez o coração e a alma. E se levantamos igual a um gigante pronto para próxima batalha.


E de fato com todas as pessoas acaba sendo o mesmo processo - sejam elas e suas crenças - ou - simplesmente a fé em si mesmo!


Como é bom concluir que ainda não acabou, não é mesmo? Um alívio toma conta e acordamos do pesadelo, enfim.
Então vestimos novamente os nossos sapatos e nos armamos para a próxima batalha. PODE VIR, eu aguento sim! E erguemos a cabeça que outrora cabisbaixos subitamente nos havia cegado. E entendemos o quão abençoados e fortes somos.
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Tudo posso naquele que me fortalece!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A ilha dos sentimentos

Era uma vez uma Ilha onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Vaidade, a Sabedoria o Amor e outros...Um dia avisaram aos moradores da Ilha que ela seria inundada! Apavorado, o Amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem. Ele disse: fujam!!! A Ilha vai se inundada! Todos correram e pegaram os barquinhos para irem até um morro bem alto. Só o amor não se apressou...amava a Ilha e queria ficar um pouco mais...
Quando já estava se afogando, correu pra pedir ajuda...Vinha vindo a riqueza e ele disse: Riqueza me leva com você? – Não posso, meu barco está cheio de prata e ouro...você não cabe aqui...Passou a Vaidade e o Amor pediu: Vaidade, me leva com você? – Não posso, você vai sujar meu barco novo...Daí, passou a Tristeza e mais uma vez o Amor pediu: Me leva com você? – Ah! Amor! Eu estou tão triste que prefiro ir sozinha...Passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem viu o Amor...! Já desesperado e achando que iria ficar só, o amor começou a chorar...

Daí, passou um velhinho e, olhando, falou: Sobe Amor...eu te levo! O Amor ficou tão feliz que esqueceu de perguntar o nome do velhinho!!!Por fim, chegando no morro alto, o amor encontrou a Sabedoria e perguntou-lhe: Quem era aquele velhinho que me trouxe até aqui? – O Tempo! Respondeu a Sabedoria.-O Tempo? Mas por que só o tempo me trouxe até aqui? A Sabedoria respondeu: Só o Tempo é capaz de reconhecer um grande Amor...!


O amor mais verdadeiro que alguém tem por você foi demonstrado a muitos anos e permanece até hoje para beneficiar sua vida...O Amor de Deus!

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